sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Causas do temor da morte

No livro “Temas da Vida e da Morte”, psicografado por Divaldo P. Franco, Manoel Philomeno de Miranda explica que o temor da morte resulta de vários fatores inerentes à natureza humana e à sua existência corporal.
Entre eles destacam-se:
a) o instinto de conservação da vida, que lhe constitui força preventiva contra a intemperança, a precipitação e o suicídio, que são, no entanto, desconsiderados nos momentos de superlativo desgosto, revolta ou desespero;
b) a predominância da natureza animal, que nos Espíritos inferiores comanda as suas aspirações,
tendências e necessidades;
c) o temporário olvido da vida espiritual de onde procede;
d) o conteúdo religioso das doutrinas ortodoxas, que oferecem uma visão distorcida e prejudicial
do que sucede após a ruptura dos laços materiais;
e) o receio de aniquilamento da vida, por falta de informações corretas a respeito do futuro da alma e daquilo que lhe está destinado.
Programado o corpo para servir de instrumento para o progresso do Espírito, através de cujo cometimento desenvolve todas as aptidões e valores que nele jazem latentes, o instinto de conservação é-lhe um instrumento de alto valor, para que seja preservada a vida, até as últimas resistências. Por isso, o Espírito se imanta ao corpo e receia perdê-lo, em razão do atavismo ancestral que lhe bloqueia o discernimento a respeito daquilo cujos dados de avaliação não logram impressionar-lhe os sentidos. O predomínio da natureza animal desenvolve-lhe o egoísmo e exacerba-lhe a paixão violenta, acentuando a sensualidade que se expande engendrando programas de novos gozos, que terminam por exaurir-lhe as energias mantenedoras dos equipamentos de sustentação orgânica.
Assim é que um leve aceno de prolongamento da vida física ao moribundo fá-lo sorrir e aspirar pela sua ocorrência, em injustificável apego aos despojos que lhe não permitem
mais largos logros, embora lhe concedam a permanência física. A reencarnação promove o transitório esquecimento do passado, que é providencial, mas esse esquecimento constitui também motivo de receio da morte, em razão da falta de elementos que estruturem a confiança
na sobrevivência, com o retorno ao mundo espiritual. (Obra citada, pp. 67 e 68.)

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